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Bebe-se com duas pedras de gelo… conheça a história do vinho Piscine
Até ao início do novo milénio, se bebesse vinho com duas pedras de gelo seria considerado um ignorante ou amador. Desde 2003 que já não é bem assim. E tudo por culpa Jacques Tranier, o francês responsável pela criação deste vinho, totalmente revolucionário para a época.
A história do nascimento deste nicho no mercado dos vinhos remonta-nos a Saint Tropez, nas férias do verão de 2003. Foi num dia de férias que Tranier se deparou com algo que nunca tinha visto antes: um empregado a servir vinho rosé em taças de Cognac com gelo. Foi nesse momento que o CEO da Vinícola francesa Vinovalie pensou pela primeira vez na ideia de criar um vinho para ser bebido com gelo, que fosse refrescante sem que no entanto ficasse aguado ou perdesse o sabor.
E é assim que nasce o Rosé Piscine. Aquilo que antes era visto quase como um atentado no mundo dos vinhos é passado 15 anos um produto estabelecido. A bebida está actualmente presente em 20 países e já se venderam quase 3 milhões de garrafas no mundo inteiro.
Num dos maiores mercados do Piscine fala-se português
Apesar da forte concorrência e diversidade de vinhos do país, o maior mercado do Piscine é o mercado interno: em França já foram vendidas mais de dois milhões de unidades.
No entanto, depois de França segue-se um mercado com travo a Portugal: o brasileiro. O Brasil é responsável por mais de um terço do volume exportado de Piscine no mundo, com um crescimento constante de 65% ao ano, desde que começou a ser importado para o país em 2004. Este vinho é tão apreciado pela canarinha, que chega mesmo a ser o rosé francês mais vendido no país.
“Quando iniciaram as vendas de Rosé Piscine no Brasil, em 2014, foram comercializadas cerca de 9 mil garrafas, apenas no Rio de Janeiro e São Paulo. Quatro anos depois estamos presentes em 17 cidades brasileiras e com a expectativa de vender 200 mil garrafas em 2018 e 300 mil em 2019”, afirma Walter Júnior, o director da Wine to You, a empresa importadora de todo o vinho Piscine para o Brasil.
Estas previsões devem-se não só ao facto de este ser um vinho inovador que veio criar um novo nicho no mercado dos vinhos, mas também uma tendência de crescimento a nível mundial de consumo de Rosés. No Brasil, por exemplo, apesar do mercado dos rosés constituir apenas 4,7% dos vinhos importados no Brasil, a verdade é que nos últimos 4 anos, o consumo de vinho rosé aumentou 290%.
Ainda assim, é importante realçar que o Brasil não é, ao contrário de Portugal, um país amante do vinho: os brasileiros consomem actualmente cerca de dois litros de vinho per capita/ano, enquanto outros países vizinhos já se equiparam ao consumo dos países europeus: é o caso do Uruguai (11 litros por pessoa), do Chile (15 litros) e da Argentina (25 litros).
Júnior explica que esta realidade deve-se em parte “às altas taxas de impostos para a importação de vinhos” mas também ao “pouco conhecimento do povo brasileiro em relação à bebida, o que faz com que ele não arrisque neste mercado”. No entanto, para o director da Wine to You tal deve ser visto como “uma grande oportunidade de crescimento, com um grande mercado a ser explorado”.
Sobre o Rosé Piscine
Este vinho é obviamente refrescante, adaptando-se perfeitamente a todas as ocasiões, tanto de dia ou de noite, da praia para a mesa, desde que sempre acompanhado por uma ou duas pedras de gelo. Feito com a uva nativa Négrette, o resultado é uma bebida sedutora com um sabor único e inovador. A embalagem do Rosé Piscine é inspirada no azul celeste da Côte d’Azur, no Mar Mediterrâneo.
Em setembro deste mês deu-se o lançamento mundial da garrafa Magnum de Rosé Piscine – com 1,5 litros – como uma forma de assinalar os 15 anos desta bebida.