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Nos bastidores da Vinexpo.

por Filipe Silva em
Este ano a comitiva portuguesa presente na Vinexpo, em Bordéus, foi das mais reduzidas de sempre (80 produtores no total), tendo a Viniportugal organizado a participação na feira a pouco mais de 40 operadores. A este grupo, juntaram-se ainda mais cerca de 40 empresas agrupadas no âmbito do IVDP (sendo de realçar que as duas entidades continuam a promover duas imagens da marca “Portugal” completamente diferenciadas). A feira decorre assim, até à próxima quinta-feira, 18 de Junho, num ambiente muito pouco eufórico, sentimento que é partilhado por todos os produtores, inclusive os de nacionalidade francesa.
É um facto que aquela que era uma feira de referência, há cerca de20 anos para o sector do vinho a nível mundial, perdeu grande parte do seu impacto, da sua relevância e até mesmo do seu glamour , não só a nível internacional, mas também para o próprio mercado francês. Isto apesar dos esforços promocionais dos organizadores, a que não foi alheio o evento da inauguração, que contou com a presença do Presidente da República Francesa, François Hollande.
Saliente-se que é opinião unânime de todos os produtores de vinho, presentes neste evento, que actualmente a feira mais importante do sector é a Prowein, a qual é organizada anualmente no primeiro trimestre, em Dusseldorf. A sua organização (alemã) é exemplar e se comparada com a organização da Vinexpo ainda hoje se destaca pela positiva.
Paulo Portas também marcou presença, numa visita surpresa organizada ao espaço ocupado pelos dois agrupamentos portugueses (Viniportugal e IVDP), juntamente com o secretário de estado José Diogo Albuquerque e Miguel Frasquilho (Aicep) procurando incentivar o sector, cujas exportações totalizaram o ano passado 700 milhões de euros (valor recorde das exportações de vinho). Além da ausência no evento de Jorge Monteiro (Presidente da Viniportugal), foi também notada a falta de presença, na visita oficial, de Frederico Falcão (Presidente do IVV), o qual estava em visita a Israel.
Esta visita da comitiva de Paulo Portas não foi isenta de episódios, dada a fraca colaboração dada pelo consulado português, nomeadamente quanto ao apoio aos jornalistas, tendo mesmo a equipa de jornalistas da SIC sido deixada (com malas e câmaras) a uma distância muito considerável do terminal do aeroporto de Bordéus.

http://sicnoticias.sapo.pt/economia/2015-06-16-Portas-reunido-com-80-produtores-nacionais-de-vinho-em-Bordeus

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