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O narigudo* gosta mesmo de pôr o nariz em tudo…

por Filipe Silva em

Dizem as “más-línguas” que o vinho português está a dar cartas. Que é o melhor do mundo e que ganha medalhas de ouro como nunca. Até há quem diga que as exportações vão crescer mais que 2% no final do ano. Será? Mas, deixando para trás, a comiseração doméstica, olhemos para a realidade nua e crua: quantos produtores de vinho em Portugal podem dizer, sem subterfúgios contabilísticos, que de facto ganham dinheiro?

Estão de parabéns os produtores de vinho do Porto e de vinho de mesa do Douro que conseguiram colocar a imagem do vinho de Portugal nos lugares de topo da revista Wine Spectator. Honra lhes seja feita. Mas será o sector capaz de tirar partido desse trabalho? Por onde vai a estratégia de criação de imagem da marca “Wines of Portugal” nos EUA? E no Brasil? E na China? E em Inglaterra? E em Africa para além de Angola? Qual é a estratégia de marca? E quantos produtores em Portugal saberão responder a estas questões?

Também há quem diga que nunca como agora tivemos tanto e tão bom vinho, em quantidade e qualidade. Verdade. Mas quanto desse vinho é tão igual, do Sul ao Norte de Portugal? O mesmo aroma, a mesma doçura na boca, fácil e gulosa? Por onde anda o caracter do Dão? E o da Bairrada? Ou será que tudo se poderá no futuro resumir à palavra mágica “Touriga Nacional”?

São perguntas, apenas perguntas…já que perguntar não ofende…

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