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Quente Agosto: A causa do ano menos produtivo dos últimos 20

por Filipe Silva em

Agosto foi um mês quente. Dito assim parece apenas uma constatação do óbvio, afinal este é geralmente o mês mais quente do ano. No entanto, enquanto o calor deixava os banhistas felizes por mais um dia de praia, no campo havia quem não estivesse tão feliz.

Os resultados são claros: a onda de calor durante este mês afectou as colheitas a nível mundial, registando-se uma redução global na produção de vinho, o que posiciona 2018 como o pior ano das últimas duas décadas na vinicultura portuguesa.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) estima que se vá verificar uma quebra de 20%, ou seja, 5,2 milhões de hectolitros. O mês de agosto parece ser o grande culpado:

“As condições meteorológicas de agosto foram determinantes e verificou-se que o calor excessivo causou escaldões nos bagos”, sendo que o seu impacto teve consequências distintas consoante a “casta, exposição e idade da vinha”, como é explicado no site do INE.

Excepção: Algarve e Alentejo

Apesar desta tendência de queda na produtividade se verificar quase por todo o país há duas regiões que fogem à regra: o Algarve – que verificou um aumento superior a 5% em relação ano transacto – e o Alentejo, que manteve uma produção semelhante a 2017.

De resto, este é um panorama que não se restringe à vinha, visto que o calor extremo também originou “reduções generalizadas de produção” nas fruteiras e olival.

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