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9 portugueses no top 100 das melhores adegas do planeta!

por Filipe Silva em

Não se trata aqui de vinhos que enchem a boca da crítica nem de seletas pontuações. Talvez mais importante, trata-se isso sim dos rótulos que enchem prateleiras em todo o mundo! O “World Ranking Wines & Spirits” agrupa os vinhos e os produtores que, no ano anterior, arrecadaram mais prémios e medalhas nos grandes concursos internacionais.

A subjetividade estará aí, na fonte, dada a diversidade dos painéis de provadores e da distorção que, por vezes, resulta da eleição às cegas por jornalistas, importadores, escanções e apreciadores (com todo o tipo de critérios). Porque a partir daí, para a elaboração da lista dos 100 melhores, a Associação Mundial de Críticos (World Association of Writers and Journalists of Wines and Spirits - WAWWJ) atribui um coeficiente e faz o somatório rigoroso dos prémios arrecadados ao longo do ano. Mais concretamente, os prémios conquistados em 75 concursos internacionais, de um total de quase meio milhar realizados no ano anterior.

Assim, em 2014, o maior grupo nacional, a Sogrape Vinhos, foi eleito o 4º melhor produtor vitivinícola mundial, sendo não só o melhor português do ranking como a 2ª firma europeia! No chamado Velho Mundo, a empresa fundada há mais de 70 anos por Fernando Guedes só é superada pelo gigante do Champagne, Vranken Pommery Monopole Heidsleck. Ambas atrás da australiana Jacobs Creek (grupo Pernod Ricard) e da norte-americana Ernest and Julio Gallo Family.

"É mais um galardão internacional que nos enche de orgulho, até por ser atribuído por uma organização que reflete um painel variado e diversificado", refere o presidente executivo da Sogrape Vinhos, António Oliveira Bessa, através da nota que a empresa enviou à agência Lusa. No ano anterior, a Sogrape ficou no 12.º lugar e também liderou a presença portuguesa.

Ainda nos 10 primeiros e segundo representante nacional, a Casa Santos Lima aparece no 8º posto do "ranking". A empresa sediada no concelho de Alenquer afirma-se como "o maior produtor de Vinho Regional Lisboa e DOC Alenquer”. Com um vizinho e concorrente na 17ª posição: a DFJ Vinhos, a empresa de José Neiva Correia, sediada na Quinta de Porto Franco. A completar a representação portuguesa nos 20 primeiros, surge o grupo Enoport (19º lugar). A DFJ responsável atualmente por 33 marcas e quase 80 rótulos, produzindo 6 milhões de garrafas/ano; o grupo Enoport englobando algumas das mais antigas e emblemáticas adegas, como as Caves Velhas, Dom Teodósio, Camillo Alves, Caves Acácio e Caves Moura Basto.

No top 100 (em baixo, link para a lista completa), aparecem ainda o grupo Symington, a Casa Ermelinda Freitas, a Cooperativa de Pegões, a Dão Sul e a Quinta do Gradil. Feitas as contas, uma presença bem mais significativa do que a conseguida por países produtores de maior dimensão, por exemplo, Chile , Argentina e África do Sul, não contam mais de 3 ou 4 adegas suas na lista das 100 melhores. Com 9 produtores, Portugal aproxima-se do pelotão dos principais países produtores, como Austrália e França, que contam respetivamente 12 e 13 adegas na mencionada lista.

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