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Porto: fim do “love affair” inglês?

por Filipe Silva em

A tradição até pode ser o que era, mas, só por si, não chega para alimentar o namoro com os apreciadores britânicos. Muito menos para cativar novas gerações para um vinho cada vez mais associado a uma bebida dos mais velhos. Assim o parece demonstrar a queda do volume de negócios na ordem dos 10%, registada em 2014: dos 50 milhões de euros alcançados em 2013 para 45 milhões no ano seguinte. Em termos de volume, a queda terá sido ainda mais acentuada, tomando em consideração que o preço médio por litro de vinho até subiu 4%, de 4,98 para 5,17 euros.

O IVDP explica a diminuição do volume de negócios com a quebra nas exportações para o Reino Unido e considera que é preciso atrair novos consumidores: “temos de encontrar uma forma de conciliar tradição com modernidade”, afirma o presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto. “Para usar uma expressão inglesa, temos de voltar a pôr o vinho do Porto na moda”.

Manuel Novaes Cabral defende a necessidade de promover o vinho numa base mais ampla e não apenas junto de agentes especializados, sejam eles críticos ou comerciantes. Uma forma de o fazer é continuar a passar a mensagem junto de “bloggers” de turismo e estilos de vida que promovem Portugal, com a inevitável ligação ao vinho do Porto. “Os vinhos da região do Douro, em sentido genérico, só têm a ganhar se forem relacionados com o território”, sublinha aquele responsável.

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