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Beba vinho. Pela sua saúde!
Apesar de uma dieta com mais alimentos gordurosos, os franceses tendem a desenvolver doenças cardíacas com menos frequência do que os alemães. O chamado paradoxo francês é atribuído ao maior consumo de vinho tinto e propagandeado pela indústria do vinho, sob a forma de numerosos estudos. Invariavelmente, a conclusão é que o resveratrol, produto natural presente nos vinhos tintos, tem de facto um efeito protetor contra doenças cardiovasculares.
Mas qual é exatamente a razão para isso? Foi o que procurou saber uma equipa da Universidade Johannes Gutenberg de Mainz (JGU) que trabalha em colaboração com cientistas da Universidade Friedrich Schiller, em Jena, e da Universidade de Viena. Os resultados, publicados na revista científica Nucleic Acids Research, concluem que o resveratrol inibe a formação de fatores inflamatórios. "Esta descoberta é importante, tendo em conta o facto da investigação recente mostrar que as doenças cardiovasculares são significativamente promovidas por processos inflamatórios", explica Andrea Pautz, do Centro Médico da Universidade de Mainz. Assim, aquele polifenol presente na película das uvas tintas e no vinho, ao inibir a causa acaba também por prevenir a doença.
Resultados que confirmam o potencial terapêutico do resveratrol, quando se trata de doenças inflamatórias, sabendo que distúrbios como o enfarte do miocárdio e acidente vascular cerebral ocorrem frequentemente em associação com doenças inflamatórias crónicas, como a artrite.
Mas atenção à “posologia”, pois, como qualquer medicamento, a dose é importante. Ou seja, apreciem mas não abusem do resveratrol. À vossa saúde!