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Conferência sobre cidades de rio e vinho

por Filipe Silva em

Organizada pela autarquia local, através da empresa municipal Gaiurb, que opera tanto no urbanismo como na habitação, a iniciativa prevê intervenções de vários especialistas sobre as características das cidades fluviais e a sua relação com a produção, o comércio e a cultura do vinho.

"O objetivo principal é dar a conhecer o centro histórico de Gaia, na margem esquerda do rio Douro, e da mais-valia patrimonial que ali existe", revela o vereador Valentim Miranda, responsável pela reabilitação urbana do município. A informação da Câmara refere que a iniciativa compreende "intervenções de vários especialistas sobre as características das cidades fluviais e a sua relação com a produção, o comércio e a cultura do vinho".

Refere ainda que "o evento irá contar com a presença de profissionais ligados à arquitetura, ao urbanismo e à reabilitação urbana, uma vez que irá debater-se o tema das dinâmicas culturais e patrimoniais dos centros históricos e a sua reabilitação e fruição como elemento de qualidade de vida das comunidades unidas pelo rio e pelo vinho".

"É uma conferência vocacionada para o grande conhecimento e para a grande divulgação", com acento tónico no "respeito pela memória e por todo um passado histórico" espelhado no casco antigo gaiense e nas caves de vinho do Porto, salientou Valentim Miranda

A "relação indissociável" entre as caves de Gaia e o centro histórico do Porto, aliás, é o mote da intervenção de Rui Loza, arquiteto e administrador não executivo da sociedade de reabilitação urbana Porto Vivo.

O ex-director e “pai” do Museu do Douro, Gaspar Martins Pereira, falará sobre o tema "Um porto de vinho: a construção histórica do entreposto de Gaia". Entreposto criado na aurora do Estado Novo, em 1926, todo o vinho do Porto tinha de ser exportado a partir dali, o que só acabou em 1986, ano em que passou a ser permitido exportar também a partir da região do Douro.

As casas exportadoras do vinho generoso, essas, mantiveram os armazéns junto à foz do Douro e é aí que habita o grande tesouro da indústria: o stock de vinhos velhos. De resto, as Caves são hoje certificadas pela AEVP, garantindo a credibilidade da informação dada ao visitante, códigos de conduta profissional e responsabilidade social. A AEVP - Associação das Empresas de Vinho do Porto - é uma instituição privada sem fins lucrativos e dispõe ainda de um Centro Pedagógico multimédia, interativo, sobre a história e a cultura do Vinho do Porto, destinado a receber estudantes desde os 6 aos 18 anos de idade. Este Centro, na rua António Granjo, em VN Gaia, acompanha os programas letivos das disciplinas de Estudo do Meio (1º ciclo), Ciências da Natureza, Geografia e História de Portugal (2º e 3º ciclo).

Fonte: agência Lusa

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