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Copos! Tão importantes e tão simples.
O copo de vinho é fulcral para todo o processo de degustação de vinhos. É com este instrumento que entramos em contacto com o precioso líquido. É com o copo que validaremos a nossa expectativa, sentiremos todo o trabalho de anos por parte da viticultura e da enologia que deram origem ao vinho que vamos tomar. Dado este papel essencial na prova, o copo de vinho é fundamental para toda a cadeia de valor a montante, de forma a que a nossa experiência seja tal como expectável. Assim, nunca é demais referir que precisamos de copos adequados para o efeito – copos de vinho. Pelo que, ponto assente, vinho é para tomar em copo de vinho.
Vamos a detalhes, estamos perante o instrumento que serve de base à nossa apreciação sensorial. Assim, este elemento deve ser tão discreto quanto possível, para que nos foquemos apenas nos atributos do vinho no seu interior. Devido ao facto de os aromas do vinho serem tão fundamentais na apreciação do mesmo, o copo usado deve permitir a existência de espaço em vazio, que permita essa fruição sensorial, entre um terço a menos de metade da sua capacidade.
Apontamentos a notar, para uma prova fantástica:
1. Apontamentos fundamentais:
- Copo com haste - A haste serve para pegar no copo, evitando que a nossa mão aqueça o copo. Nunca pegar pelo balão. Se estivermos saudáveis, a nossa temperatura corporal rondará os 36 a 36,5ºC. Se a palma da nossa mão contactar directamente com a superfície do balão, fará subir em demasia a temperatura do vinho, colocando a mesma rapidamente fora dos intervalos mais indicados para o consumo;
- Formato do balão em tulipa - A boca terá um diâmetro mais estreito que o diâmetro mais largo do copo, concentrando os aromas na zona em vazio e limitando a libertação dos aromas e mantendo-os no copo por mais tempo. As proporções entre estes dois diâmetros (o mais largo e o da boca do copo) variam em função do estilo do vinho que se pretende provar. No entanto, é necessário garantir o espaço suficiente para o contacto entre o vinho e o ar. Vinhos mais estruturados e complexos, beneficiam de diferenças maiores entre os dois diâmetros. Em vinhos mais joviais e exuberantes, verifica-se uma aproximação destes dois diâmetros.
2. Se possível, não perdemos nada com os apontamentos abaixo:
- O vidro deve ser incolor e transparente, de preferência sem marcações que obstruam a visualização total do vinho, diminuindo o “ruído” na apreciação do vinho.
- O vidro deve ser tão fino quanto possível, por forma a minimizar a sua influência. Quanto mais fácil for a ligação entre nós e o vinho, tanto melhor. Uma vez mais, sendo mais leve, concentramo-nos no essencial, o líquido.
Diferentes vinhos e estilos, exigem diferentes características dos copos. Acima de tudo, necessitamos de um instrumento, funcional, versátil e se possível bonito. No final, tudo o que queremos é respeitar o líquido que vertemos no copo. Assim, se o nosso copo estiver bem adaptado ao vinho, melhor será a nossa experiência.