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Lusovini: distribuição com notas de quiabos e moamba
Com mais de 70 referências de vinhos portugueses, a Lusovini – que constituiu, nos últimos anos, empresas em Angola, Brasil e Moçambique – exporta para 27 países 70 por cento da produção total. Angola é o principal mercado de destino, com 25 por cento do total dos vinhos exportados.
Em declarações à Lusa, o presidente da empresa referiu que, este ano, a Lusovini faturou seis milhões de euros, mantendo, pelo terceiro consecutivo, um crescimento na ordem dos 20%. Para o próximo ano, a empresa quer manter o ritmo, através de um “crescimento homogéneo” a nível interno e nos mercados externos, que incluem, além destes países lusófonos, destinos como China, Estados Unidos e países do norte da Europa.
Casimiro Gomes defendeu que o crescimento só é garantido pela estratégia de internacionalização, ou seja, a criação de empresas nos mercados externos, e que tal não seria possível apenas através da exportação.
Nos mercados onde está presente com a Lusovini Angola, a Brasvini (Brasil) e a Mozamvini (Moçambique), a distribuidora aposta na formação dos profissionais dos setores hoteleiro e da restauração e na divulgação dos vinhos através de provas, degustações e formação, também junto de “consumidores nas novas classes alta e média-alta que florescem nesses países”.
A ideia, afirmou o presidente da empresa sediada em Nelas, é “pôr os vinhos portugueses na moda noutros países, nomeadamente na lusofonia”.
“Quando abordamos um novo público consumidor, temos não só de explorar formas novas de consumir o vinho, mas também de ir ao encontro dos sabores e das rotinas a que esses públicos estão habituados”, diz, acrescentando: “Quanto mais mostrarmos, melhor. Temos de posicionar bem os vinhos portugueses, que são únicos no Mundo. Somos o país com o maior património vinícola a nível mundial”.
É esse também o objetivo do guia “O vinho à Mesa, Sabores da Lusofonia”, que a Lusovini vai lançar e que será apresentado em Lisboa na próxima quarta-feira.
Com distribuição gratuita em restaurantes, lojas, hotéis e supermercados que vendem as marcas de vinho, o guia reúne receitas de países de língua portuguesa – como caldeirada de cabrito à angolana, moqueca de bacalhau (Brasil) ou camarão com caril, manga e malagueta verde (Moçambique) – sugeridas pelo chefe de cozinha português Vítor Sobral (que detém restaurantes em Lisboa, Luanda e São Paulo).
Cada prato é acompanhado por sugestões de vinhos portugueses, feitas pelo diretor da Revista de Vinhos, Luís Lopes, incluindo brancos, tintos, rosés, espumantes e Portos.
“Pretendemos mostrar que os vinhos portugueses têm versatilidade para se conjugar com as gastronomias de vários países. O grande potencial é o facto de este país tão pequeno ter tal diversidade de vinhos”, sustentou Casimiro Gomes.