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O mundo ao contrário

por Filipe Silva em

É o momento alto que o vinho aguarda durante todo o ano. Por cá, as videiras mal despertaram do seu repouso vegetativo, com os primeiros dias de sol a acordarem a planta obrigando-a a “chorar” (o “choro” marca o início da atividade enzimática e manifesta-se pela saída de seiva pelos cortes da poda), mas, no hemisfério Sul, o outono austral bate à porta (20 de Março) e a vindima culmina mais um ciclo vegetativo. Na Austrália foi em Fevereiro, 2 mil quilómetros para sudeste, na Nova Zelândia, é em Março que o país se afadiga em redor dos seus vinhedos.

Depois de um verão anormalmente quente e seco para aquelas bandas, em particular na ilha do Sul, as principais regiões produtoras neo-zelandesas passam para o exterior uma mensagem de uma boa colheita, com fruta bem madura, mas 2015 não foi um ano sem espinhos no país do Sauvignon Blanc.

À medida que se sucediam os dias quentes, para consumo interno, ficou o registo de problemas fitossanitários de vulto. Pouco habituados à presença do míldio, este ano, vários produtores viram os seus vinhedos cobertos de poeira esbranquiçada. Embora a temperatura média em dezembro e fevereiro tenha sido de 17,8ºC, por exemplo a famosa região de Marlborough, durante o verão contabilizou 36 dias com máximas acima dos 25ºC, mais 14 dias que o ano passado. Sabendo como o míldio aprecia o calor, quase diríamos que a “fresca” Nova Zelândia provou este ano o tipo de preocupações familiares aos nossos produtores.

Mas essas, são águas passadas e o que fica da vindima são imagens como as que o site New Zealand Cellar vai recolhendo de diferentes adegas e regiões, através do InstagramTwitter e Facebook  , com o tópico #NZV2015.

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