A semana passada, após quase um mês de investigações, 3 delegados do Xerife do condado de Napa apanharam o avião para a Carolina do Norte, no outro extremo dos Estados Unidos, a 4 mil quilómetros de distância. Dirigiram-se a Greensboro, uma pacata cidade de 200 mil habitantes, no interior daquele estado da costa Leste. Regressaram dois dias depois, com 72 das 76 garrafas roubadas da garrafeira do French Laundry . Não foram efetuadas detenções.

Segundo o gabinete do Xerife de Napa, a investigação prossegue, daí a escassez de detalhes fornecidos à imprensa. Sabe-se apenas que o vinho foi recuperado junto de um comprador local, que desconheceria a proveniência das garrafas.

Vale a pena lembrar, depois do Natal, o luxuoso 3 estrelas Michelin de Yountville, no Vale de Napa, fechou para obras e foi nessa altura que alguém forçou a porta da garrafeira e roubou rótulos de nomeada, avaliados num total de 250 mil euros (300 mil dólares). Entre as 76 garrafas, mais de 60 eram Romanée-Conti, de várias denominações borgonhesas, o que faz supor que os larápios sabiam ao que iam.

Misto de informação e curiosidade enófila, em devido tempo o Wineworld deixou aqui a lista das garrafas desaparecidas, ou não estivéssemos a falar do restaurante apontado pelo New York Times como “a mesa mais emocionante dos E.U.A.”, com uma garrafeira de 17 mil rótulos escolhidos a dedo.