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Taylor's anima índice britânico de vinhos finos

por Filipe Silva em

É um barómetro fiel dos rótulos mais procurados (e caros) do planeta e seguramente aquele que melhor reflete as flutuações do exigente mercado britânico. Ao mais alto nível, entenda-se: para figurar no “Liv-ex Fine Wine100”, um vinho teve de merecer o mais rasgado elogio da crítica internacional (notas de 95 pontos ou mais), estar fisicamente disponível no mercado britânico (o que exclui colheitas recentes, negociadas En Primeur) e de forma regular. Ou seja, clássicos para os quais há um forte mercado secundário.

Atualizado mensalmente, o Liv-ex 100 voltou a descer em Fevereiro, ao contrário do sub-índice “Resto do Mundo 50” que continua a subir, mesmo em contraciclo, em grande parte devido ao Porto Taylor´s. Aliás, desde o último pico do mercado britânico (Maio 2011) que o “Resto do Mundo 50” é o sub-índice Liv-ex com melhor comportamento nesta bolsa de rótulos de luxo. Desde meados do ano passado, apresenta ganhos de 3,2%.

Mas, enquanto em meses anteriores essa valorização era impulsionada pelos rótulos do Novo Mundo que integram o sub-índice (Dominus e Opus One, da Califórnia e o australiano Grange, da Penfold´s), agora são os Vintage saídos de V.N. de Gaia os responsáveis pela subida. Entre os 10 vinhos cotados com melhor comportamento desde o verão passado, 4 são Vintages da Taylor´s, incluindo o primeiro e o terceiro da lista. Para que se saiba, este sub-índice Liv-ex abrange as 10 últimas colheitas de apenas 5 grandes rótulos: além do Porto Taylor´s e dos já mencionados Opus One, Dominus e Penfold´s Grange, o espanhol Vega Sicilia.

Maior valorização registada, e a grande distância do segundo, segundo a própria Liv-ex, o Vintage 1994: desde Julho, o preço em terras de Sua Majestade subiu 41,4%! O que faz parecer coisa pouca a muito respeitável subida do Grange 2001 (26,5%), durante o mesmo período. De resto, quase tanto como a colheita 2001 do famoso tinto australiano subiu o Taylor´s 2011, o último Vintage a chegar ao mercado. Os de 1997 e 2000 também aparecem no top 10, com os preços a dispararem 15%, enquanto o 2007 valorizou “apenas” 10%.


Se alguém tinha dúvidas sobre a imagem e valia do Vinho do Porto, entre os rótulos mais respeitados do planeta… A prová-lo, enquanto o generoso português impulsiona o índice “Resto do Mundo 50”, o índice principal da Liv-ex registava uma descida de 0,4% em Fevereiro, com o Champagne a acumular as maiores perdas. Depois do pico das festas, com uma boa performance em Dezembro e Janeiro, o preço do Champagne desceu, em média, 2,7%. Em dificuldades também o vinho da Borgonha, com o sub-índice Borgonha 150 a perder mais de 1 ponto percentual e o Bordeaux 500 a descer 0,6% em Fevereiro. Mas este, após 7 meses consecutivos a subir, com a contínua valorização da “super” colheita 2005 a manter os vinhos de Bordéus em alta.

O mês passado, o “Resto do Mundo 50” subiu quase 2%, enquanto outros 2 sub-índices dignos de nota, o “Bordeaux Legends 50” e o “Rhône 100” se mantinham estáveis, praticamente sem flutuação de preços.

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